Nem dá para dizer que já há um preparo para o fim de As Cariocas, afinal, a série apresenta episódios independentes e histórias com começo meio e fim num único episódio, mas só de pensar que a série está perto do fim, começa a causar nostalgia e saudades de um trabalho tão bem feito que marcou o retorno de Daniel Filho para a TV.
Em oito episódios é óbvio que nem todos mantiveram o mesmo nível, isso é natural mesmo em séries conceituadas tanto no Brasil quanto fora dele. Porém, é inegável também que As Cariocas entrou para a lista das boas produções brasileiras em 2010, mesmo antes de seu final - ainda restam dois episódios para serem exibidos.
O que se viu em A Iludida de Copacabana foi a junção de tudo de melhor que os episódios anteriores haviam mostrado. Uma história consistente, apresentando Marta, a carioca da noite. Uma mulher que faz de tudo para provar que tem uma vida normal, casada e com filha. A história foi se contando aos poucos, como uma mulher devota de um marido que não lhe dá bola, mas ainda assim permanece fiel a ele.
Achei bem interessante como tudo foi mostrado com calma, principalmente a personalidade de Marta, interpretada genialmente por Alessandra Negrini que deu um show de interpretação em cada uma das cenas. O público foi se acostumando a protagonista e a vendo como uma mulher ímpar e completamente humana, cheia de conflitos e necessidades guardadas para si.
De longe, este foi o episódio mais complexo da série até agora e, sem dúvida, o melhor ao fazer uma análise geral. Desde a construção narrativa da história, até a intromissão do narrador, mas principalmente o desfecho surpreendente e muito divertido marcaram este episódio e mostrou que Daniel Filho realmente sabe fazer televisão.
4 Quebraram tudo:
Gostei desse episódio, só achei que a história ficou muito parecida com (o filme pelo menos) o Primo Basílio, até a hora em que (spoiler) fica revelado que eles são bissexuais (spoiler) nessa parte não tem nada a ver com o filme, mas a historinha da empregada... Tem até uma hora que o Eduardo (Eriberto Leão) sugere dar um "sustinho" na empregada com um amigo que é da polícia - tem até uma coisa assim no filme, só que o susto vai pra prática o que não acontece no seriado.
A Alessandra Negrini estava (como sempre) gostosíssima e atuando super bem.
Acabei de procurar na wikipedia e o que eu tinha pensado se confirmou: Euclydes Marinho (roteirista de as Cariocas) também escreveu o filme O Primo Basílio - que falta de originalidade...
Eu gostei desse episodio, foi muito bom :)
Adorei o episódio, e o final foi perfect. *---*
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