Estreou nesta segunda-feira no horário das 19 horas a nova novela da Rede Globo, com a assinatura do talentoso Miguel Falabella, Aquele Beijo chegou às telas sem grande divulgação e quase sem expectativa por parte do grande público e da crítica especializada, mas ainda assim com o objetivo de ser a terceira novela consecutiva no horário a atingir a meta de audiência estipulada.
A tirar pelo primeiro capítulo, é possível que isso aconteça. Verdade seja dita, a estreia do folhetim apresentou uma história que pode dar liga, se bem delineada pela produção - e não apenas depender de um bom roteiro - e cair no gosto popular sem grandes dificuldades, pois tem todos os elementos que o público do horário costuma gostar: romances, dramalhões e, principalmente, muito bom humor.
Muitos personagens, essa foi a primeira grande impressão desta estreia. Praticamente todo o elenco teve oportunidade de aparecer, ao menos um pouquinho neste primeiro capítulo e, com isso, não foi possível se concentrar numa única história ou no núcleo central, ainda que a protagonista Giovana Antonelli claramente tenha tido maior destaque.
Mesmo com uma história que parece interessante e que pode ter futuro, a estreia de Aquele Beijo não conseguiu empolgar. O autor teve como opção uma capítulo diferente do que estamos acostumados num primeiro dia. Sem nenhuma cerimônia e qualquer esforço para apresentar personagens e núcleos, a novela "chegou chegando". A impressão que se deu durante quase todo o tempo é que estávamos assistindo ao capítulo 50 da trama, ou seja, um capítulo em que o público já está familiarizado com todas as personagens, todos os dramas e todos os núcleos.
Essa opção tornou a estreia confusa e um tanto quanto amarrada e lenta, sem dúvida prejudicou bastante na compreensão do telespectador para que pudesse se localizar diante da TV, pois o tempo todo os diálogos e as situações se apresentavam como sólidas, e o telespectador ficou boiando. O grande risco disso é que, a partir de amanhã, como não se importou com nenhuma personagem, ele abandone a história.
Além disso, o maior problema de Aquele Beijo foi a narração. Método já visto em 2010, quando Daniel Filho narrou deliciosamente as histórias de As Cariocas, neste folhetim não funcionou. Com texto batido, cheio de clichês - e não eram propositais - a narração do próprio autor da trama tentava localizar o telespectador para o que ele estava assistindo, mas na prática, não serviu para nada e só atrapalhou ainda mais o andamento já moroso do capítulo. Ainda assim, há sinais de que vem uma boa novela por aí.
2 Quebraram tudo:
Eu nao assisti a estreia da novela, mas engraçado que lendo alguns foruns e Blogs (inclusive da Kogut), os comentarios dos espectadores eh de que o mais adoraram no capitulo de estreia foi a narração em off do Miguel Falabella.. Eu nao assisti, nem sei como isso foi feito, mas achei estranho vc colocar isso como principal ponto negativo, ja que pelo coments em geral, foi o que o publico mais aprovou!
Foi a melhor crítica que li. Soube identificar exatamente o que ficou estranho na estreia da novela! Parabéns!!!!
Só não concordo com o que disse sobre a narração. Do resto assino embaixo.
Fábio
www.ocabidefala.com
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