segunda-feira, 4 de abril de 2011

Vidas em Jogo: prontos para entrar em campo

E lá vamos nós para mais um momento “o que esperar da próxima estreia?”, que já é de hábito por aqui. Mas antes de passar para as expectativas em si, digo que este texto, assim como a produção da novela, também sofreu um atraso. Mas enfim... Vamos em frente.

Vidas em Jogo é uma novela de Cristiane Friedmann, cuja última produção exibida na Rede Record foi Chamas da Vida. Não cheguei a acompanhar esta novela com afinco, mas dos capítulos que assisti, considerei uma trama boa e que teve uma aceitação relativamente boa. Logo, Friedmann chega com créditos.

Passemos então ao plot: um grupo de amigos que habitualmente joga na loteria, em algo que é chamado de “Bolão da Amizade”, finalmente ganha o grande prêmio que abre as portas para a realização dos sonhos de cada um deles. Mas nem tudo são flores: metade do prêmio é depositado em uma poupança, e os amigos só terão acesso a essa parcela caso consigam cumprir uma determinada missão dentro de um ano. Durante este período, uma série de assassinatos começa a acontecer, acentuando os conflitos entre os amigos do começo da história.

 A parte dos assassinatos em série não é propriamente uma novidade para quem acompanha a teledramaturgia desde, no mínimo, os anos 90. Um dos maiores sucessos da história mais recente da TV, A Próxima Vítima, se pautava exatamente nessas bases. A própria Record, em 2001, também investiu – de forma bem mais modesta – em uma trama de serial killing; Tiro e Queda, lembram? Mas as semelhanças não devem ir muito além; afinal de contas, o ambiente e as circunstâncias dentro das quais a história há de se desenvolver são bem diversas do grande sucesso global.

Além da ação garantida pelos assassinatos (tiros, facadas, etc.), também haverá o que podemos chamar de “crônica social” abordando as dificuldades de recolocação no mercado de trabalho; e as histórias de amor que são comuns a todo folhetim que se preze.

Quanto ao elenco, parece estar bem equilibrado. As percas recentes no casting – vimos nomes de peso do elenco da Record migrando em massa para a Globo – foram devidamente compensadas com contratações de igual relevância; como a da atriz Betty Lago, que provavelmente estaria no elenco da próxima novela de Miguel Falabella. A princípio, poucos foram os que acreditaram na mudança de emissora, mas lá está ela, como uma das protagonistas da história, a doméstica Marizete. Mais alguns nomes que chamam a atenção: Beth Goulart, também fazendo sua estreia em produções da emissora; Simone Spoladore, com uma personagem totalmente diferente da histérica vilã de Bela, a Feia; e Lucinha Lins, cujo último trabalho na telinha foi justamente a grande vilã da última novela de Friedmann.

Cristiane Friedmann tem a missão de apresentar uma trama bem articulada, empolgante e atraente o suficiente para mais do que manter, superar o desempenho de sua antecessora Ribeirão do Tempo, que se desperirá das telas deixando para trás um registro modesto em termos de ibope (mas ainda assim, mostras de um público fiel). Ela tem as armas; resta saber se funcionarão a contento. Aguardemos as cenas da primeira semana.

Por Evana Ribeiro

2 Quebraram tudo:

Ary disse...

Concordo com o texto. Tenho boas expectativas com essa novela, levando-se em consideração a autora. Gosto do trabalho da Cristiane Fridmann. Parece ser uma autora sem vícios e que se reinventa.

Só tem um porém: A Record tem que acabar com essa mania de esticar novelas até o infinito. As chamadas barrigas acabam influenciando no ritmo da trama e por conseguinte, influenciando na qualidade.

Anônimo disse...

Acho que "Vidas em jogo" vai melhorar a situação da Record. Muitos reclamam de "Ribeirão do Tempo" ser cumprida, é preciso renovar.
Lucas - www.portalcascudeando.blog.com

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