Num dia de capítulo especial da novela das 9, Fina Estampa, em que acontecia a primeira grande virada da trama - prometida pelo autor como um dos pontos altos - quem se destacou foi o extraordinário capítulo de Cordel Encantado, um dos melhores, senão o melhor da novela das 6.
É bem verdade que as ocorrência do folhetim assinado por Aguinaldo Silva foram importantes e certamente darão um novo rumo à história. E Aguinaldo se esforçou, conseguindo produzir um roteiro interessante e que fugia do marasmo e falta de verossimilhança visto até então. Porém, na seqüência em que Griselda (Lília Cabral) descobre que seu filho José Antenor (Caio Castro) apresenta uma impostora como mãe para a família da noiva Patrícia (Adriana Birolli), nada funcionou.
A seqüência teve sérios problemas de direção, tanto que, em determinado momento, dois personagens gritavam ao mesmo tempo e de frente para a câmera, mostrando total falta de ensaio e marcação de cena. A falta de marcação também ficou clara no momento em que Griselda agredia o filho, Antenor praticamente se jogou na mesa de jantar e no sofá, pois sequer foi empurrado pela mãe. Outro ponto baixo foi a performance dos atores. Caio Castro não soube dar o menor senso de emotividade às suas falas e Adriana Birolli se esforçou tanto que lembrou cenas de novelas mexicanas. Lília Cabral, porém, foi a maior decepção da cena, excelente atriz, mas que segue muito mal como Griselda. Na seqüência em si a atriz deu emotividade no tom errado, não soube conduzir a personagem da forma correta e, certamente, instruída pela péssima direção de Wolf Maya, errou a mão. Só Cristiane Torloni se destacou positivamente em toda a seqüência.
Enquanto isso, Cordel Encantado entrando em reta final, apresentou um capítulo impecável - não que isso seja exceção, já que a novela é impecável todos os dias - com a direção sabendo extrair do roteiro a dose de emotividade correta. Na que deve ser a penúltima grande virada da trama antes do fim, o roteiro foi impecável e todo o capítulo amarrado em torno da ação e do suspense em que a seqüência de enforcamento de Jesuíno (Cauã Reymond) pedia.
Quando enfim, chegou o momento do enforcamento tudo funcionou de forma orquestrada. Direção, roteiro e trilha sonora serviram como pano de fundo para um show de atuação dos três protagonistas da cena. Cauã, Bruno Gagliasso e, principalmente, Bianca Bin arrasaram em cena. Todo o suspense necessário para a cena foi bem conduzido graças a estrutura bem armada por Amor Mautner.
Em noite que Fina Estampa sofria sua primeira grande virada, Cordel Encantado foi o grande destaque com o show de capítulo e, de quebra, com o melhor gancho que a teledramaturgia brasileira já viu em muito - muito tempo.
8 Quebraram tudo:
Eu devo ser do contra, mas acho essa novela das seis uma chatice sem tamanho. O roteiro dela tem basicamente quatro eventos que se repetem em looping: o mocinho briga com a mocinha, o vilão sequestra a mocinha, o mocinho salva a mocinha, os dois fazem as pazes... e começa tudo de novo. Mudam minimamente as circunstâncias, mas só acontece isso mesmo. Não acompanho, mas nas poucas vezes em que assisti, era um dejavù.
Nossa, essa Fina Estampa tá muito ruim. Tá muitos tons acima do suportável! A única coisa que BRILHA nessa novela é a Lília Cabral, e seria o caso de só ver a novela pra acompanhar ela.
Parece uma novela das sete, e o Aguinaldo tá copiando sem mudar nada coisas que outros já fizeram e coisas que ele mesmo já fez. Saudades de Insensato Coração!
A única coisa que funciona minimamente nessa novela é o núcleo, os outros personagens e tramas são TÃO sem graça!
E pra piorar, ao invés de aproveitar toda a comoção (exagerada) de ontem, o autor ainda colocou um acidente que simplesmente acaba com as possibilidades narrativas que ele tinha aberto!
Somos duas do contra então, pq também acho Cordel uma chatice. Tentei ver pq muita gente falava bem, mas achei um porre.
O capítulo de ontem de Fina Estampa foi bem mais bombástico, na minha opinião.
Concordo que Cordel deu um show mesmo, só acho que a Bianca Bin deixou a desejar na novela do começo ao fim. E em Fina Estampa fiquei com vergonha de estar assistindo aquilo, principalmente pela interpretação de Adriana Birolli, ela estava muito canastrona em cena.
Cordel é uma novela em que vc pode procurar e não encontrará nenhum tipo de apelação. O que mais me encanta na novela é o que se pode ensinar aos pequenos(eu assisto com a minha guria de 8 anos).Literatura de cordel, literatura clássica....
Eu sou apaixonada por esta novela é pena que está acabando.
As novelas atuais só ficam interessantes nos capítulos finais e as nem isso.
Acho que o problema de Cordel Encantado foi o esticamento. A novela já poderia ter acabado faz tempo, pois por mais movimento que ela tenha, acaba numa repetição de situações sem fim.
Ex: O vilão toma o poder, tomam o poder do vilão, pregam que ele precisa ser preso, facilmente conseguem libertá-lo. E com os mocinhos é a mesma coisa.
Sem falar na turma de cangaceiros mais burros e bonzinhos da história, onde o acampamento deles, por mais que mudem de lugar, é fácil segui-los, é fácil se desamarrar, é fácil enganar quem fica de vigilância.
Mas claro que não tiro os méritos da novelas, pois ela me fez voltar a sentar no sofá para acompanhar uma, uma vez que havia desistido de novelas há uns bons anos.
Mas já foi bem melhor.
Uma das melhores novelas que já assitir. Cordel encantado é sem dúvida a novela mais bem escrita e mais bem trabalhada que eu já vi. Falar que ela é uma chatice não dá. Nem no esticamento que foi necessário da a novela, ela ficou sem graça. A atuação de Bruno tá simplesmente perfeita. Essa novela vai fazer muita falta e para quem achou chata, só lamento por não ter acompanhado essa novela maravilhosa.
Sem contar que a atriz Angela Vieira estava sem um pé do sapato...e deu pra ver claramente!
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